Antecedentes: O exercício é um desencadeador bem estabelecido de doenças alérgicas como a asma, urticária e anafilaxia, mas o efeito do exercício na rinite não tem sido bem descrito.
Objectivo: Pesquisar indivíduos com e sem alergia nasal que se exercitam regularmente para determinar a prevalência e a natureza dos sintomas nasais induzidos pelo exercício em recintos fechados.
Métodos: Um questionário original e auto-administrado para avaliar a rinite induzida por exercício (EIR) foi distribuído para adultos que estavam recebendo imunoterapia para alergia em uma prática de alergia comunitária e para membros de um clube atlético comunitário. Os sintomas nasais que ocorrem dentro de casa (corrimento nasal, congestão nasal, gotejamento pós-nasal) foram avaliados principalmente. Foram determinadas comparações com o EIR externo. A percepção dos efeitos adversos da rinite no exercício foi avaliada.
Resultados: Sessenta e seis (40%) dos 164 pacientes indicaram que seu EIR interno afetou adversamente o desempenho atlético, e este achado ocorreu com maior freqüência em pacientes com alergia nasal versus indivíduos não afetados (53,1% versus 27,7%; P = .009). Dos 61,0% que relataram aumento de rinite com exercício em recintos fechados, a rinorréia foi o sintoma mais comum experimentado (48,8%). O EIR interno ocorreu com maior freqüência em pacientes com alergia nasal versus indivíduos não afetados (69,1% versus 53,0%; P = 0,04). O EIR ao ar livre ocorreu em 56,1% da população total, e pacientes com alergia nasal relataram significativamente mais rinite com exercício ao ar livre comparado com indivíduos não afetados (71,6% vs 41,0%; P < .001).
Conclusões: A rinite induzida pelo exercício, predominantemente rinorréia, ocorre comumente em atletas, independentemente da alergia nasal subjacente. Um histórico específico de ativadores de exercícios indoor e outdoor precisa fazer parte do histórico completo da rinite para que o tratamento específico possa ser direcionado.