Objectivo: Iluminar o significado das experiências de autonomia dos enfermeiros em situações de trabalho.
Antecedentes: A autonomia profissional significa ter autoridade para tomar decisões e liberdade para agir de acordo com a própria base de conhecimentos profissionais. É necessária uma compreensão da autonomia para esclarecer e desenvolver a profissão de enfermagem em ambientes de cuidados de saúde em rápida mudança e, internacionalmente, há uma preocupação sobre como os elementos centrais da enfermagem são tratados quando se foca na expansão e extensão das funções de enfermagem especializada.
Desenho: Estudo qualitativo.
Métodos: Este artigo relata parte de um projeto que visa explorar a educação e as qualificações de trabalho exigidas pela profissão de enfermagem. Onze enfermeiros noruegueses, cada um com 2-3 anos de experiência de trabalho desde a graduação, participaram tanto de entrevistas em profundidade como de entrevistas em grupos focais em 2006. Uma abordagem hermenêutica qualitativa, inspirada na filosofia de Gadamer, orientou o processo de pesquisa e a análise e interpretação dos textos das entrevistas transcritas.
Resultados: As descrições dos enfermeiros das suas experiências de autonomia em situações de trabalho emergiram como quatro temas: ‘ter uma visão holística’, ‘conhecer o paciente’, ‘saber que você sabe’ e ‘ousar’. Ser conhecedor e confiante foi considerado como o significado coerente da autonomia na prática da enfermagem.
Conclusões: A autoridade do cuidado total do paciente, o poder de tomar decisões numa relação com o paciente e parentes próximos e a liberdade de fazer julgamentos clínicos, escolhas e ações parecem estar ligados ao significado de autonomia na prática da enfermagem.
Relevância para a prática clínica: Para obter uma prática autónoma, os enfermeiros devem ser competentes e ter a coragem de assumir o comando em situações em que são responsáveis. Este estudo mostra os desafios no manuseio desta prática autônoma.