As organizações tendem a criar e usar as suas próprias frases de código. Não de uma forma nefasta, mas apenas como uma questão de curso. Então você tem o “Occam’s razor” do cientista, o ditado “quod erat demonstratum” para advogados e, para aqueles em Alcoólicos Anônimos, o “amigo de Bill”.
Bill Wilson e o Dr. Bob Smith fundaram a AA. Mantendo o anonimato, os membros largam os sobrenomes, fazendo de Bill W. a forma ‘apropriada’ de se referir ao Sr. Wilson. Este é o ‘Bill’ em amigo do Bill. E quem é amigo do Bill é membro de alcoólicos anónimos por extensão. Bastante simples quando se chega a ele.
A parte complicada é quando a frase é usada fora do próprio AA. Digamos que você está preocupado em ser conhecido como um alcoólatra. Você pode sentir alguma vergonha e querer manter o seu segredo a salvo. Por outro lado, você acha que alguém que você conheceu também pode ser um membro. Mas se você sair e perguntar, você arrisca o seu próprio bom nome. Perguntar-lhes se eles são amigos do Bill pode fazer o truque. Alguém fora dos AA provavelmente não saberia a ligação, então você está seguro lá. Nessa situação, é uma espécie de frase de código para avisar outro membro.
Então… as pessoas realmente a usam como uma espécie de aperto de mão secreto? Acho que algumas o usam. Mas pode sair o tiro pela culatra. Aqui está um post no blog de alguém que ficou bastante insultado quando lhe fizeram a pergunta: “Você é amigo do Bill?”
Há aqui mais um anúncio histórico. Bill Wilson participou de um grupo evangélico (antes da criação do AA) chamado Oxford Group. Este era um grupo religioso pouco organizado que não tinha hierarquia ou oficiais. Ele contava com confissão pública de pecados e compartilhamento privado, um a um. Parte disso foi transferido para a forma como o AA é administrado ainda hoje. Os membros frequentemente se referiam uns aos outros como “amigos”. Então um amigo de Bill seria mais do que um conhecido, mas um apoiante e até mesmo um seguidor.